segunda-feira, 19 de março de 2012

O tempo que foi é o tempo que fica

Amargura sem fim, ocasionada por traços do tempo, se misturam em mim. Vejo tudo que passou. Me seguro pelas mãos. Dou o primeiro passo de vida, a primeira respiração ofegante, sem pretexto do porque de estar. Tiro minhas conclusões, da renda da alma. Em meu chão, pego as pedras de lembranças. São os corações conquistados, partidos, estabilizados. Que apenas ficaram na soleira da porta. Ainda quando sem luxo, sem o vigor, sem o cuspe de barro, nas estrelas eu encontrava o mundo, via o desconhecido. Que me tirava o folego e fazia transparecer no escuro. Nada mais do que aquilo que nunca vi.
Questões sem fim, nos meus infinitos mundos, dos meus infinitos personagens, que são somente de um mundo só.

O tempo que passa, é o tempo que fica. O tempo vai, permanece, para,
Corre.
Corra!
Ele é um só.

(Escrito em 22 de abril de 2011)

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