terça-feira, 11 de outubro de 2011

Minha própria carne

Entrando em uma casa insana, limpo meus pés. Mas o que adianta, se estou em uma casa suja de vermes? Pois bem, estou em uma casa feita de vermes. E essa casa respira, vive; pois essa casa, filha do carbono e do amoníaco, tem vida própria. Cheia de vermes, ela se consome. Sua estrutura é maníaca. Ela é dissimulada e ai se soubesse que vive das sobras organicas, vindas dela mesma. Ai de mim, pois faço parte da casa. Ai de mim, sendo um verme, consumo minha própria carne. Ai de mim, minha própria carne!